O tempo está próximo, frio, aguado.
Grande demais para deixar-me em paz, pequeno demais para ser proclamado por ai.
Imagina?! Esse tempo bobo não pode passar-se por problema em um mundo assim, caído.
Quem ouviria minhas dúvidas, e como eu mesmo poderia professá-las?
Logo ali, Seu José, Seu Cícero, Menino William, tirando a dúvida por vida a cada dia e ainda assim com muita história.
Tem gente com fome, e a conjuntura de Solano Trindade é morta.
Tem gente percebendo o tempo de modo tão concreto,
que a minha vã melancolia jamais poderia contempla-los.
que a minha vã melancolia jamais poderia contempla-los.
Quem falaria sobre falta de disciplina,
em um tempo de cabeça latejante com ganho de causa?
em um tempo de cabeça latejante com ganho de causa?
Quem falaria sobre a segurança das companhias,
em um tempo em que respirar não é seguro?
em um tempo em que respirar não é seguro?
Quem falaria sobre bem-estar? Sobre reformar, reavivar?
Todos calados, eu preciso ouvir o meu próprio silêncio.
Ele é o oposto de mim.
Sempre tão corajoso;
sempre tão certo e disposto a esconder-me.
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